-primeiro dia da são paulo fashion week
Do inverno 2011, Veio a galope o primeiro desfile da temporada são Paulo Fashion Week. Na tarde de sexta-feira (28), a grife Animale abriu a semana de moda apresentando uma coleção inspirada nos trajes de montaria.
As amazonas fashion da marca da estilista Priscilla Darolt foram um dos destaques do primeiro dia do evento, assim como a coleção de Tufi Duek. A grife propôs looks monocromáticos, como pretinhos nada básicos, vestidos dourados com silhuetas 60's e tons off white.
Na passarela, a “modelo” que mais chamou a atenção foi Paris Hilton. A patricinha americana esteve pela segunda vez na SPFW. Entrou na passarela da Triton com as mãos na cintura e sorrindo discretamente para a plateia. Em nada lembrou sua estreia na SPFW, em junho de 2010, quando foi criticada pelo excesso de rebolado, gargalhadas e rodopios em pleno desfile.
Entre os penteados mostrados na passarela, chamou a atenção a sofisticada trança dupla com topetões assinados pelo expert em beleza Robert Stevão. O cabeleireiro faz questão de afirmar que o visual não tem nada a ver com o look adotado por Marcela Temer, a mulher do vice-presidente Michel Temer, que causou frisson na posse de Dilma Rousseff.
"Foi uma escolha infeliz. Trança não fica bem em toda mulher e a que ela usou na posse não estava adequada à ocasião", sentenciou Stevão.
Neste sábado, a maratona de desfiles continua com as apresentações de Reinaldo Lourenço (12h30), Ghetz (15h30), Ellus (16h30), Neon (17h30), Amapô (20h) e Alexandre Herchcovitch feminino (21h30).
As modelos entraram na passarela vestindo peças soltas, de tecidos leves e cores neutras. Depois, as cores fortes e os tecidos pesados tomaram conta do final do desfile.
Isabeli Fontana desfilou modelos com cores
escuras e tecido pesado (Foto: Daigo Oliva/G1)
decorativo e as transparência.
-Segundo dia da são paulo fashion week
O estilista Reinaldo Lourenço abriu o segundo dia de desfiles da São Paulo Fashion Week neste sábado (29) com uma coleção inspirada nos trajes dos anos 30. Ao longo do dia, as marcas Ghetz, Ellus e Neon também fizeram apresentações na Bienal.
Celebridade do dia:a transexual que virou top internacional apareceu pela primeira vez publicamente no Brasil. Superesperada, ela encerrou o desfile de Alexandre Herchcovitch, mas deixou os brasileiros um pouco decepcionados, tamanha a expectativa.
Filha do ex-jogador Toninho Cerezo e nascida Leandro, a transexual Lea T. marcou o segundo dia da São Paulo Fashion Week, cuja maioria dos desfiles acontece no pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Em seu primeiro trabalho em moda no Brasil, a modelo, que mora na Itália, desfilou exclusivamente para Alexandre Herchcovitch. A expectativa durou todo o dia, já que a apresentação feminina do estilista brasileiro encerrou a sequência de sábado (29).
Com peças inspiradas na força das rochas, contrastando com a leveza de materiais como a seda, Herchcovitch usou tons de cinza mesclados com amarelo enxofre para criar looks complexos, como calças que se transformam em saias assimétricas. Ao fim da apresentação forte, surgiu Lea T., delicada, com um vestido escuro e longo e mangas rendadas por cima do amarelo enxofre. A expectativa foi, então, encerrada com aplausos discretos.
Um dos estilistas mais renomados do País, Ronaldo Lourenço abriu o dia com sua alta costura e pérolas delicadamente bordadas, em um clima anos 30. Com uma coleção considerada complexa, o criador mostrou smokings que viram estolas, golas e coletes, T-shirts que se tornam vestidos e comprimentos longos. Coloridos, apenas os beijos estampados em vermelho em algumas peças.
Ao contrário da abertura da temporada de moda, que teve as tops Raquel Zimmermann, Candice Swanepoel, Isabeli Fontana e a socialite Paris Hilton, o segundo dia foi "fraco" de celebridades. Na passarela, apenas a atriz Mayana Moura, que interpretou Melina na novela global Passione, no desfile da Neon. No domingo (30), porém, o dia promete ser movimentado. Além da atriz Fernanda Lima, que desfilará para Juliana Jabour, a SPFW terá as supermodelos Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio e o ator Ashton Kutcher (com a mulher, Demi Moore, na primeira fila) na Colcci.
O sábado, no entanto, foi de inovação tecnológica, com um desfile em 3D. A grife Ellus substituiu a tradicional passarela por uma com um telão em que apenas dois modelos apareciam vestindo os 31 looks. Na plateia, as cadeiras foram dispostas como uma sala de cinema e decoradas com sacos de pipoca.
Como o ambiente já denunciava, a marca usou tecidos tecnológicos, como o jeans Luminata, que brilha no escuro, calças justas, jaquetas claras, pele, botas de cano alto e curto. Para os meninos, coletes de nylon e boots super pesados foram as opções. E para quem se decepcionou com um desfile virtual, todas as peças ficaram à disposição dos convidados ao fim da apresentação.
No segundo dia, o desfile que não atendeu às expectativas foi o da grife Ghetz, que estreiou na SPFW com uma parceria com o estilista Lucas Nascimento. Após o criador mostrar características inusitadas ao tricô no Fashion Rio, o desfile em São Paulo foi considerado cansativo. Apesar disso, os casacos foram o ponto alto da coleção, com as cores preto, ouro velho, azul e amarelo.
Já a Neon agradou e mostrou que tinha muito mais a oferecer do que a presença de Mayana Moura. Com estampas que brincam, a grife construiu mulheres fortes e donas de si. As peças também mostraram grafismos, sobreposições, estampas coloridas, bordados e aplicações, em materiais como a seda, cetim, tafetá, jérsei, couro, veludo e tricô.
A grife Amapô também foi bem-sucedida ao fugir da caretice com modelos descabelados e meninas assustadoras e desejadas ao mesmo tempo. A marca apresentou uma positiva "perturbação visual" com jeans pintado a mão, cachecol de cabelo, tricô, veludo, seda, paetês, tapeçaria, blazer, calça bicolor, ternos desestruturados e assimétricos, colarinho no meio da barriga, botas hipercoloridas, coletes e alfaiataria justinha.
-terceiro dia da são paulo fashion week
Abrindo o terceiro dia do SPFW, Valdemar Iodice apresentou uma coleção repleta de couro, jérsei, seda, lã e peles. O tema do inverno da Iodice, segundo o estilista, foram as mulheres “jet-setters”. A neutra cartela de cores de preto, branco e nude teve toques de laranja e marrom.
Depois foi a vez da estreia de Juliana Jabour, que saiu do Fashion Rio e passou a integrar o line-up do SPFW nesta temporada. Boas saias longas usadas com tricôs e camisas xadrez, que aparecem também amarradas na cintura ao melhor estilo grunge, movimento que norteou a coleção. Destaque para os vestidos longos e cardigãs oversized de lurex.
O trabalho do cultuado arquiteto americano Frank Lloyd Wright foi a inspiração do inverno da Cori, desenvolvido pela dupla Giselle Nasser e Andrea Ribeiro. A coleção contou com muitos recortes geométricos, formas retas e uma cartela de cores com tonalidades urbanas: cinza, preto, marinho, nude e verde musgo.
Já a Oskar Metsavaht partiu do incêndio que destruiu parte da fábrica e do acervo da Osklen em fevereiro de 2010 para criar o inverno 2011 da marca. Na passarela, peças no melhor estilo Osklen, resultado da reflexão do estilista da trajetória da sua marca. Pense em uma modelagem ampla e confortável, golas cheias, recortes arredondados; looks descomplicados, mas sofisticados.
Fechando o dia, o aguardado desfile da Colcci, que marcou a despedida de Gisele Bündchen das passarelas brasileiras. Prometido no casting, Ashton Kutcher decepcionou a plateia empolgada ao aparecer só para acompanhar os estilistas ao final do desfile. Boas peças de lã, trabalhadas em texturas ou com estampa pied-de-coq, tricôs de pontos largos coloridos e alguns modelos de couro – colorido ou preto – mostram a nova fase da Colcci, menos jeans e mais atual.
O terceiro dia de desfiles da coleção inverno 2011 da São Paulo Fashion Week começou neste domingo (30), às 13h. A Iódice foi a primeira a subir na passarela e Valdemar Iódice fez uma apresentação inspirada no punk romântico. Juliana Jabour, Cori, Osklen e Colcci também irão passar pelo prédio da Bienal.
Nos desfiles do terceiro dia da São Paulo fashion Week Inverno 2011 a maquiagem continua básica e minimalista, predominando o visual nude e os tons naturais, com toques iluminados e (poucos) pontos de brilho.
A boca é o centro das atenções, variando desde o leve rosa claro ao dramático vinho. As sobrancelhas equilibram o visual: levemente delineadas, para as bocas mais claras; bem marcadas, para as bocas dramáticas.
Osklen – Visual “cara lavada”, com boca levemente marcada
Colcci – Olhos delineados e maçãs levemente alaranjadas
Quarto dia da são paulo fashion week
da coleção inverno 2011 da São Paulo Fashion Week começou nesta segunda-feira (31), às 14h. A Huis Clos foi a primeira a subir na passarela desfilando seu baile de máscaras.
A inspiração na capital Brasília marcou o quarto dia de desfiles na São Paulo Fashion Week, nesta segunda-feira. O tema foi levado às passarelas nesta segunda-feira (31) pelas grifes Maria Bonita, a segunda a desfilar hoje, e, na sequência, por Ronaldo Fraga. Os enfoques, no entanto, foram completamente distintos.
Em seu quinto ano na SPFW, a Maria Bonita apresentou uma interpretação mais humana da construção da capital federal. Ao som de Construção, de Chico Buarque, as modelos-candangos (trabalhadores responsáveis por erguer Brasília) apresentaram peças com aspectos de concreto, pedras aplicadas sobre a malha de lã, além de chapéus modelados como se tivessem sido ressecados pelo sol. Nas cores, azul do céu e marrom da terra.
Já Ronaldo Fraga, que sempre usa elementos regionais em suas coleções, se inspirou nos azulejos do artista Athos Bulcão, espalhados por toda Brasília, e transformou a passarela em uma galeria de arte. Embaladas por Canto de Ossanha, de Vinicius de Moraes, modelos usaram peças com "pombinhas", colagens em preto e branco, bordados, formas geométricas, camadas de vestidos, paetês e recortes nas costas.
Também com um toque de arte, a Huis Clos, primeira a entrar na passarela, levou um baile de máscaras para a Bienal. A coleção desta temporada foi inspirada na alma feminina e todo o universo complexo que a rodeira. Nas modelos, cabelos presos e luvas de pele sintética, além de peças com renda, lã, couro, cristal e brilhos.
Já na V.ROM, penúltima do dia, foi a vez deles. Homens maduros, mas com espírito jovem e aventureiro, foram o tema da coleção outono-inverno masculina, que apresentou peças descontraídas e confortáveis. Modelos de todas as idades usaram calças, bermudas e paletós de náilon misturado a tecidos mais naturais, como sarja, moletom, gaze e tricoline.
O encerramento em grande estilo - como aconteceu desde o primeiro dia de desfiles desta edição - ficou por conta de Lobão, que tocou no centro da passarela na apresentação da Reserva. Baseada na música do cantor Decadence Avec Elegance, a grife desarrumou o mauricinho norte-americano e impôs a irreverência brasileira no preppy (estilo colegial dos anos 50 e 60). Com alfaiataria desconstruída, a Reserva apresentou uma opção jovem e alternativa à caretice com que muitos homens insistem em se vestir.
Presenças ilustres do quarto dia
O quarto dia da maratona de desfiles também teve convidados famosos. "Perseguida" por fotógrafos, a ex-candidata à Presidência Marina Silva assistiu ao desfile de Ronaldo Fraga. "Ele trabalha com as raízes brasileiras", disse. O apresentador Edgard Piccoli também foi à SPFW somente para ver a coleção de Fraga e criticou a postura de alguns convidados do evento. "Tem gente que vem aqui, não sabe o que está vendo, o que está acontecendo e vem para fazer pose".
Mesmo sem acompanharem muito a moda, os ex-BBBs Flávio Steffli e Max Porto marcaram presença no evento. Já a Panicat Dani Bolina mostrou preocupação em ser fotografada em ocasiões diferentes com o mesmo look. "Vestido para mim é algo descartável porque, se uso numa festa e depois em uma gravação, já não posso usar mais", disse. A empresária Marina de Sabrit, mãe da atriz Patrícia de Sabrit, fez graça com o fato de ser veterana na semana de moda. "Sou a vovó da SPFW. Venho desde a primeira edição".
O ídolo teen Fiuk também movimentou a Bienal na segunda-feira. Ele foi ao evento apresentar sua grife, a N.G.C.H. For Fiuk, e aproveitou para falar sobre o assédio. "Tem fãs muito atiradas", disse. Presenças "globais" também foram registradas, como a jornalista e apresentadora Renata Vasconcellos, a atriz Fernanda Machado e a da autora de Ti-Ti-Ti, Maria Adelaide Amaral. As cantoras Mallu Magalhães e Luciana Mello, a apresentadora Jackeline Petkovic, e o repórter do CQC Felipe Andreoli também estiveram na Bienal.
Com show ao vivo do músico Lobão, grife Reserva encerra quarto dia de desfiles na São Paulo Fashion Week.
Ronaldo Fraga coloca arte na cabeça das modelo.Ronaldo Fraga.Huis Clos abre o quarto dia da SPFW com baile de máscaras
Maria Bonita apresenta coleção no quarto dia da SPFW
-o quinto dia da são paulo fashion week
Os cabelos criados por Ricardo Rodrigues e XXXX, do Studio W, foram divididos de lado e presos em rabo baixo (bem lisos). As maquiadoras da Mac Fatima Thomas e Fabiana Gomes criaram o visual inspirado nos cartoons japoneses, com faixa branca (pó full coverage branco, da linha Pro da Mac), e um pouco de rímel.
São Paulo, 1 fev (EFE).- O brasileiro Marcelo Sommer e a portuguesa Ana Salazar basearam seus desfiles nesta terça-feira, no quinto dia da São Paulo Fashion Week, no estilo clássico e de época, com vestidos longos, cores madeira e acessórios em couro, mas sem deixar de lado o espírito jovial.
A grife Do Estilista, de Sommer, abriu a jornada de desfiles com uma narração poética intitulada “Hoje em dia, a coisa mais fácil do mundo é não ser”, para a qual o estilista convidou modelos da década passada e que têm estado fora das passarelas, como as atuais apresentadoras Mariana Weickert e Isabela Fiorentino.
Os vestidos leves e transparentes foram misturados com roupas de ginástica, mangas de veludo e colares finos e delicados, “em uma combinação do chamado estilo clássico e de época com as novas tendências”, como comentou à Agência Efe a crítica de moda Sandra Bassol.
Ana Salazar, por sua vez, apresentou em sua coleção outono-inverno vestidos longos com pequenas lantejoulas e alguns curtos com camisetas com cintura marcada para usar com jaquetas de couro de diversas cores, como preto e vermelho.
A principal atração do dia, mesmo sem desfilar, foi a cantora americana Christina Aguilera, nova garota-propaganda da marca brasileira C&A.
“Vesti meu lado feminino para a coleção. Tem estampas animais e bastante vermelho”, contou Christina, que disse ser admiradora das mulheres brasileiras por serem ” apaixonadas e sensuais”.
A artista aproveitou para promover a estreia no Brasil do filme “Burlesque”, no qual atua ao lado da também cantora Cher. EFE
Ana Salazar trouxe saias longas transparentes, coturnos, lantejoulas prata, legging, maxigolas e outros elementos para traduzir sua inspiração nas florestas do seu país, Portugal. Marcelo Sommer, em sua marca Do Estilista, trouxe à passarela tops amigas, como Luciana Curtis e Mariana Weickert, e fez para ela uma coleção com cheirinho de brechó, ou de arquivo pessoal, com vestidos de rendas, com saias armadas, e uma modelagem larguinha. Aliás, esse é um caminho que muita gente está seguindo: o dos vestidos retangulares, retos. Vai dar para comer muito chocolate no inverno... pano para esconder os estragos não vai faltar.
-andré lima.
A mistura entre Pokémon e motociclismo parece impossível, mas esses dois universos estiveram presentes na coleção que Gloria Coelho apresentou neste último dia de SPFW. Mas, como o papel de um criador é construir suas próprias imagens, as peças não faziam referências óbvias ao mundo pop janponês nem aos motoqueiros. O inverno de Gloria veio sofisticado e contemporâneo, com a cara da marca e sem repetir os mesmos elementos, como aconteceu há algumas temporadas.
Com foco nas golas elaboradas, ombros e braços, a coleção veio, majoritariamente, com vestidos e conjuntos de casaco (ou jaqueta motocross versão clean) e saia acima do joelho; coordenados com meias e leggings. As cores foram preto, bege, branco, azuis, cinza, laranja, coral, amarelo e verde pistache. Couro, organza, cetim, tafetá e lã foram os principais tecidos trabalhados por Gloria.
Cada parte das botas que vestiam os pés das modelos era de cores diferentes. Feitas em couro maleável, tinham com biqueiras que lembravam as calçadeiras (aquela peça curva que ajuda a colocar sapatos), e saltos médios curvados. Braceletes de couro com cristais completavam o look.
O último dia deste SPFW começou no shopping Iguatemi com o desfile de Gloria Coelho. Com um universo nada convencional de inspirações, a estilista foi buscar referências nos personagens do Pokémon, que fizeram parte da infância do seu filho, o também estilista Pedro Lourenço. O resultado foi uma coleção menos arquitetônica do que as anteriores e um pouco mais leve, ainda que os principais materiais sejam a lã e o couro. Entre os destaques, os vestidos de veludo pretos com babados arrematados por finas tiras de couro e a série de peças de couro nude.
De volta à Bienal, João Pimenta, em sua segunda participação na semana de moda paulistana, apresentou um inverno inspirado nas formas dos hábitos litúrgicos. Os sobretudos e casacos, versões “fashion” das clássicas batinas, e a alfaiataria em lã merecem destaque, assim como os maxitricôs de pontos largos. As saias masculinas de tecido plissado e os veludos com bordados de brasões, apesar de interessantes, devem ficar restritos aos clientes mais ousados da marca.
Para sua coleção masculina, Alexandre Herchcovitch partiu da mesma referência que sua coleção feminina: os desastres naturais. Só que, desta vez, o foco foi a ideia da sobrevivência humana nestas condições. O resultado é uma espécie de alarme: jaquetas e calças prateadas, inspiradas em roupas para proteção conta o fogo, máscaras e óculos escuros, além de peças com referência da indumentária industrial.
Em sua segunda participação no SPFW (assim como João Pimenta), Fernanda Yamamoto deu sequência ao trabalho com técnicas artesanais que realizou no verão 2011. Do Japão, a estilista trouxe alguns tecidos e a técnica washi-ê, que permite a fusão das fibras do papel com uma trama de linhas ou lã, efeito que pode ser visto no vestido preto com detalhes em verde fluo. Menos experimental, pantalonas bem cortadas de cintura alta e recortes nas laterais aparecem como boas opções para as consumidoras mais conservadoras.
Um dia de autores. Assim foi a terça-feira na São Paulo Fashion Week, que foi até que tranquila, apesar da presença de Cristina Aguilera – que esteve por aqui para lançar sua coleção para a C&A, e causou aquele zumzumzum e empurra-empurra que toda celebridade causa. Na passarela, foi o dia de estilistas com forte identidade, que seguem caminhos específicos e, ainda que deem uma piscadinha para o que aqui chamam de tendências, não se rendem a elas. Em termos de propostas de moda, Lino Villaventura foi o destaque do dia, com coleção que começou simples para os padrões Lino, com pretos plissados, muito matelassê e formas assimétricas, mas voltou a ser o velho e bom Villaventura com a estamparia intensa, de cores fortes, tudo com bordados, muitos trabalhos manuais, e capas de samurais modernos, incríveis. Jefferson Kullig veio antes, com bons mix de texturas e exercícios de colagens com tecidos.
Fausa Haten, em sua FH, resolveu garantir a dose teatral da SPFW. Diretor do próprio desfile, ele – que teve a famosa de ocasião Geisy Arruda na fila A - promoveu um espetáculo de dança ao final do desfile, com a participação dos bailarinos Melissa Soares e Gustavo Lopes, do Studio 3 Cia. De Dança, na montagem Piano, com direção teatral de José Possi Neto. A imagem de inverno de Fause Haten é perturbadora. Todas as modelos iguais, de peruca ultraloira, com roupas fechadas, pesadas, vestidos amplos, muita transparência, com mamilos cobertos por cristais, mangas longas prateadas e cinturas baixas, deslocadas. As meninas ficaram sentadas em cadeiras na ponta da passarela e também puderam acompanhar a apresentação. Se precisava do balé? Não faria falta...
Já André Lima partiu de conceitos mil, que podem encher uma página inteira, para o seu inverno 2011. Mas desses, um se destaca: mais é mais. Vestidos glamourosos com texturas e cores vibrantes – pense em rosa-shocking + preto, verde esmeralda + roxo ou laranja bem aceso. Uma festa onírica em que o dresscode diz: dois mil e ouse.
Fechando o dia e a temporada de inverno 2011 do SPFW, a Cavalera preparou uma surpresa e armou um desfile literalmente embaixo d’água, na entrada do prédio da Bienal. As peças vieram repletas de símbolos nacionais, como o brasão de armas e a bandeira do Brasil. O jeans, ponto forte da marca, veio rasgado com aspecto desgastado em calças, shorts, macacões e macaquinhos. Jaquetas de couro, ponchos e tricôs foram outros destaques da coleção.
- Fernanda Yamamoto
- Alexandre Herchcovitch (masculino)
- Gloria Coelho
- João Pimenta
- Cavalera
Gloria Coelho
